SINDIQUÍMICA

Sem acordo, greve dos Correios será julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho; paralisação completa duas semanas
A greve de funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos vai ser julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O processo foi distribuído à ministra Kátia Arruda, que integra a Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), após a empresa não concordar com a proposta apresentada pelo vice-presidente do tribunal. O ministro Vieira de Mello Filho sugeriu a renovação das 79 cláusulas vigentes do acordo coletivo da categoria, firmado em 2019, sem reajustes nas cláusulas econômicas.
De acordo com decisão de outubro do ano passado do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o acordo teria validade de dois anos. Mas, no mesmo ano, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, concedeu liminar à empresa, suspendendo cláusulas do documento. Recentemente (dia 21 de agosto), o STF manteve essa posição.
Sem acordo
No dissídio coletivo, ajuizado na última terça-feira (dia 25), a empresa relatou ao TST o insucesso das negociações coletivas e a deflagração de greve de âmbito nacional pelas entidades sindicais e pediu a concessão de uma decisão liminar a respeito da “abusividade da greve e da manutenção de contingente mínimo para a continuidade das atividades econômicas”.
No mesmo dia, a fim de encaminhar o tratamento do conflito com foco na solução negociada, o vice-presidente do TST designou audiências para quarta e quinta-feira (dias 26 e 27). A proposta apresentada nesses dias, no entanto, só foi aceita pelos funcionários. A empresa concordou apenas com a manutenção de nove cláusulas.
Duas semanas de greve
A greve, que completará duas semanas nesta terça-feira (1º de setembro), é contra a suspensão de 70 cláusulas do acordo coletivo firmado no ano passado. Estão em discussão benefícios como o auxílio-alimentação e o desconto relativo a este pagamento, entre outras mudanças que, uma vez adotadas, representaram R$ 4.800 a menos para cada trabalhador ao fim de um ano inteiro, segundo o sindicato da categoria.
Fonte: Extra