SINDIQUÍMICA

Cédula de R$ 200 será lançada hoje pelo Banco Central e já entrará em circulação

Banco Central defendeu a decisão de criar uma nova cédula

O Banco Central (BC) vai lançar nesta quarta-feira (dia 2) a cédula de R$ 200, com a imagem do lobo-guará. A nova nota, segundo a instituição, entrará imediatamente em circulação. A cerimônia de lançamento está marcada para as 13h30. A imagem estampada e as informações de segurança da cédula ainda estão sob sigilo.

O animal foi escolhido com base em uma pesquisa feita com a população em 2001, pelo próprio BC, com o objetivo de identificar que exemplares da fauna os participantes gostariam de ver representados nas notas.

A justificativa do BC para lançar a nota foi o risco de falta de dinheiro em espécie, com o aumento da demanda por papel moeda durante a crise, por conta do pagamento do auxílio emergencial. Com cédulas de valor maior, as pessoas poderão sacar valores altos com menos emissão de papel.

Serão produzidas 450 milhões de unidades da nova cédula, que deverão entrar aos poucos em circulação, dependendo da demanda da população.

Nota falsa

Logo após o anúncio de que a cédula de R$ 200 seria lançada, começaram a surgir relatos nas redes sociais de que notas falsas no mesmo valor já estariam circulando pelo Rio de Janeiro. O dinheiro falsificado estaria sendo usado em Madureira, bairro da Zona Norte da capital.

Custo de produção

A nota de R$ 200 não será apenas a de maior valor no sistema bancário brasileiro, como também a mais cara a ser produzida. Documentos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, após solicitação do Portal do Bitcoin, mostram que o custo de produção da cédula com o lobo-guará será de R$ 0,325 por nota. Será o preço mais alto dentre as cédulas e moedas em circulação.

Se comparado com a produção das demais, a nota de R$ 200 terá um custo de produção próximo ao da moeda de R$ 1, instrumento monetário mais caro feito até hoje. O custo para colocar uma moeda dessas em circulação é de R$ 0,31.

Tradicionalmente, as moedas são mais caras de serem produzidas do que as notas, que têm valor monetário superior. Em larga escala, esses poucos centavos podem fazer muita diferença na produção da Casa da Moeda, estatal responsável por produzir o dinheiro.

A moeda de R$ 0,05, por exemplo, custa três vezes mais do que valor estampado no material. O custo é de R$ 0,17 a unidade.

 

Fonte: Extra