SINDIQUÍMICA
Postos de combustíveis temem desabastecimento no Rio e em Minas Gerais com manifestação de caminhoneiros
Uma manifestação de caminhoneiros ao longo desta quinta-feira (dia 21) na Rodovia Washington Luís, na Baixada Fluminense, trouxe mais preocupações de desabastecimento de combustível no país.
De acordo com o Sindicato dos Postos de Serviço do Rio de Janeiro (Sindicomb), um movimento de tanqueiros impediu a entrada de caminhões nas bases de abastecimento das distribuidoras de Campos Elíseos, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, que fecharam as portas para evitar tumulto e depredações.
A paralisação ocorre após a Petrobras afirmar que não iria conseguir entregar todos os pedidos para novembro, gerando rumores de que poderia ocorrer um desabastecimento. Mas a Agência Nacional do Petróleo (ANP) nega que haja esse risco no momento.
A estatal também está estudando aumentar as importações para evitar desabastecimento.
Segundo o Sindicomb, os caminhoneiros protestam contra os altos preços dos combustíveis. No ano, a Petrobras já reajustou o preço do diesel em 51,4% nas refinarias. No caso da gasolina, esse aumento chega a 61,9% e nos postos, a alta chega a 40%.
Segundo o Sindicomb, o movimento dos tanqueiros prejudicou a distribuição de combustíveis no Rio e até em Belo Horizonte.
— A base voltou a funcionar agora há pouco (por volta das 22h) e deve funcionar domingo para compensar as entregas de hoje (quinta-feira). Um desabastecimento poderia acontecer caso o bloqueio continuasse — disse Maria Aparecida Siuffo Pereira Schneider, presidente do sindicato.
Além do Rio, a paralisação afetou outros locais como Belo Horizonte, em Minas Gerais. Segundo fontes do setor, os estoques são baixos. Segundo os representante sindicais, se a manifestação durasse mais de 24 horas, haveria desabastecimento.
O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sinditanque-MG) estimou que cerca de 800 caminhões participaram do movimento.
Segundo relato nas redes sociais, os manifestantes se concentraram perto da Reduc, refinaria em Duque de Caxias, e Regap, em Betim, em Minas Gerais. Ambas as refinarias são da Petrobras.
Fonte: Extra