SINDIQUÍMICA
Fachin nega pedido de prisão de Aécio e não levará caso ao plenário
Com a decisão, o tucano foi afastado do mandato. Ele ainda pode frequentar o Congresso, mas está proibido de exercer funções do cargo
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato, indeferiu, nesta quinta-feira (18/5), o pedido de prisão de Aécio Neves e não levará para o plenário a decisão sobre o assunto.
O caso só poderá ser levado ao plenário se houver recurso por parte da Procuradoria Geral da República. Contudo, fontes do Supremo Tribunal Federal afirmam que isso não deverá acontecer nesta quinta.
Aécio Neves, que foi afastado do mandato por Fachin, ainda pode frequentar o Congresso Nacional, mas está proibido de exercer as funções do cargo, como votar ou fazer algum ato como parlamentar. O tucano também está proibido de sair do país e ter contato com outros investigados. O passaporte dele foi apreendido pelo ministro.
De acordo com os bastidores do STF, o ministro só vai decidir sobre a quebra de sigilo das gravações quando sair o resultado de todas as diligências. Os primeiros resultados só devem ser recebidos ao fim do dia.
Clima no Senado
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), afirmou que vai aguardar o protocolo de pedido de cassação para se manifestar sobre o caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
“Não estou sabendo de nada oficialmente. Como de praxe, vou aguardar que cheguem os documentos para poder tomar uma posição sobre o caso”, afirmou. Como o presidente do Conselho de Ética é responsável por acatar ou rejeitar em primeira instância denúncias contra os senadores, ele preferiu não dar opinião no caso.
O pedido de cassação de mandato do senador Aécio Neves será feito pela Rede Sustentabilidade na tarde desta quinta-feira, 18, conforme informações da assessoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A representação tem por base as recentes revelações da delação do dono do frigorífico da JBS, Joesley Batista, que entregou à Polícia Federal áudio em que o senador Aécio pede R$ 2 milhões de propina.
O delator aponta ainda que a propina teria sido repassada para o senador Zezé Perrella (PMDB-MG). A Rede estuda entrar com representação também contra Perrella.
Fonte: Correio Braziliense