SINDIQUÍMICA
Fique atento! GOLPE do consignado ganha nova versão. Confira
Aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS, devem estar atentos a possíveis descontos na folha de pagamento.
Já não é mais uma novidade que golpes financeiros de natureza digital estão se reinventando cada vez mais. Na mesma medida que os avanços tecnológicos trazem mais facilidades e praticidade às nossas vidas, eles também fornecem ferramentas para atuação de criminosos nas redes, portanto, é sempre bom estar ligado nos contrapontos que essa ideia de modernidade pode acarretar.
Dentre os alvos da vez dos cibercriminosos, estão os empréstimos consignados, comumente concedidos a aposentados, pensionistas, e demais beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Conforme reportagem divulgada pelo programa Fantástico da rede Globo de televisão, os golpistas estão com um novo esquema que consiste na compra ilegal de pacotes que oferecem informações sensíveis da vítima.
Segundo o divulgado, o chamado “Kit Fraude” vendido aos criminosos é composto por informações como documentos e dados pessoais, podendo até ser integrado por votos da vítima. A polícia informou que o conteúdo é obtido pela internet e conta, inclusive, com o auxílio de funcionários do INSS. Continue acompanhando, e saiba de maiores detalhes.
O que são os empréstimos consignados?
Para quem não é íntimo do tema, os consignados são empréstimos em que as parcelas são descontadas diretamente do salário ou benefício. Em outras palavras, a operação dispensa a emissão de boletos ou outras vias de pagamento, na medida que o valor da dívida é abatido mensalmente de forma automática da conta do contratante, assim que o mesmo recebe.
Em geral, tais créditos costumam ser direcionados para beneficiários do INSS e servidores públicos, pois, ambos os grupos possuem uma renda mensal mais garantida. Portanto, nestes casos, a operação representa um baixíssimo risco de inadimplência para a instituição credora, o que explica os juros reduzidos praticados na modalidade.
Golpe do consignado: como funciona o novo esquema?
Como previamente dito, a organização criminosa refere-se a compra e venda online das informações pessoais das vítimas. Com os dados em mãos, o objetivo dos golpistas é conseguir empréstimos consignados que serão contratados em nome das vítimas.
A reportagem indicou que a quadrilha seria, inclusive, formada por funcionários do INSS, o que facilita a obtenção dos dados que chegam a abarcar pacotes com redefinição de senha e desbloqueio do crédito. Em suma, o consignado muitas vezes é contratado pelos criminosos, mediante ao acesso na plataforma do Meu INSS.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos, sempre há um acompanhamento quanto às questões relacionadas à segurança de dados sensíveis presentes nas redes. De acordo com a reportagem, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, já solicitou à Polícia Federal, abertura de uma investigação sobre os funcionários do INSS que auxiliaram na aplicação dos golpes.
Como se proteger?
Infelizmente, não há uma estratégia exata que garanta a proteção dos usuários, entretanto, existem alguns caminhos que podem potencializar sua prevenção em relação às fraudes nas redes. A dica primordial é sempre suspeitar de sites suspeitos que exigem cadastro, e nunca fornecer dados sensíveis a terceiros, ou seja, sempre resguarde informações como conta bancária, senhas e cartões de crédito.
No âmbito do golpe do crédito consignado, as medidas preventivas também valem, pois, em casos de qualquer fraude deste tipo, precaução nunca é demais. Especialistas informam a necessidade de estar sempre atento aos pagamentos mensais do INSS, para que os descontos ligados aos empréstimos nunca passem despercebidos.
Caso seja reparada alguma irregularidade, encaminhe um pedido de suspensão e cancelamento do empréstimo através dos canais oficiais do instituto, além de informar o banco ou instituição financeira responsável por conceder o crédito. Outro ponto importante, é registrar um Boletim de Ocorrência (BO) junto às autoridades responsáveis, para assim auxiliar na investigação policial relacionada às fraudes.
Fonte: Jornal Contábil